O Paraná conquistou na última quinta-feira (27) a certificação de área livre de febre aftosa sem vacinação, resultado de uma luta de mais de 50 anos do Governo do Estado e do setor produtivo. O novo status sanitário foi confirmado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em cerimônia virtual da 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da OIE, em Paris, na França.
Soluções desenvolvidas pela Celepar contribuíram para o êxito desta certificação, como o Sistema do Produtor, em que tanto a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), quanto os produtores, realizam a comprovação de rebanhos nas propriedades. Já o Sistema de Trânsito Agropecuário (SISTRAN) permite o controle dos corredores sanitários, que são os pontos de entrada e saída do Estado para o trânsito de animais que transitam em território paranaense.
Outra contribuição vem do Sistema de Defesa Sanitária Animal (SDSA), que possui mais de 20 anos de existência. Um dos seus principais serviços utilizados é o Guia de Trânsito Animal (GTA), documento obrigatório para o transporte de animais. Com ela, os fiscais da defesa agropecuária podem acompanhar a movimentação de rebanhos para evitar que doenças sejam transmitidas de um lugar para outro.
“O Paraná lutava há décadas por essa chancela, que vai mudar o patamar de produção da pecuária paranaense, que já é bastante forte. Com o apoio das entidades do setor produtivo, organizamos toda a estrutura de sanidade animal e fizemos a lição de casa”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
“Nossos rebanhos já não são mais vacinados e há anos o vírus não circula mais no Estado. Esse reconhecimento vai ajudar a abrir mercado para a carne produzida no Paraná, ampliando os investimentos no Estado, que vão gerar mais emprego e renda para a população”, acrescentou.
O Estado obteve reconhecimento nacional do Ministério da Agricultura e Pecuária em agosto do ano passado e aguardava pela validação da OIE, que também reconheceu os pleitos do Rio Grande do Sul e do Bloco I (Acre, Rondônia e parte do Amazonas e do Mato Grosso). Além da aftosa, a entidade deu a chancela ao Paraná de zona livre de peste suína clássica independente.
Desde que o último foco da doença foi confirmado, em 2006, o governo e o setor produtivo se organizaram para melhorar a estrutura sanitária paranaense, o que incluiu a criação da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), o reforço da fiscalização nas divisas e o controle dos rebanhos.
Fonte: Agência Estadual de Notícias