A Celepar realizou, neste mês, uma adaptação no SERE (Sistema Estadual de Registro Escolar) que facilita o envio de informações da rede estadual de educação ao Censo Escolar, do governo federal.

Anualmente, a Secretaria de Estado da Educação encaminha dados dos colégios (como número de matrículas, turmas e aprovações) ao INEP — Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. O órgão é responsável pela elaboração do Censo Escolar: uma pesquisa estatística que fornece um panorama sobre a educação básica no Brasil.

Para realizar o envio dos dados, até então, era preciso que o SERE gerasse os arquivos contendo os dados das escolas. Esses arquivos, depois, eram processados pelo mainframe. Só então era gerado o arquivo final, no formato necessário para o encaminhamento ao INEP.

Agora, com a atualização no SERE, foi eliminada a etapa do mainframe. Isso significa que a migração dos dados acontece diretamente no SERE, economizando tempo dos profissionais da Secretaria da Educação (Seed) responsáveis por esses dados.

“A melhoria no processo foi enorme. Antes, começávamos as preparações para a migração muito antes de o Censo começar, levando mais de 60 dias. A migração [de dados] em si levava de 15 a 30 dias, com trabalho diário de segunda a segunda e expediente noturno”, conta Fernanda Evangelista, chefe do Departamento de Governança de Dados Educacionais da Seed.

“Este ano, todo o processo, mesmo com os testes e ajustes, não levou mais que 20 dias, e a migração em si foi finalizada em menos de uma semana, com apenas os três técnicos do Censo trabalhando no expediente normal”, relata.

Fernanda diz, ainda, que a agilidade no processo possibilita que as escolas tenham tempo de revisar seus dados adequadamente, evitando enviar informações incorretas e, consequentemente, receber recursos do FUNDEB incondizentes às suas reais necessidades. Esse processo de revisão dos dados pelos colégios já está acontecendo e prosseguirá pelos próximos dias.

“A melhoria do processo reflete diretamente na qualidade dos dados”, afirma. “Se já éramos referência na coleta e tratamento de dados no Brasil, agora seremos a excelência.”